Trabalhos 2018/2019

Escola EB 2,3 Júdice Fialho (Portimão)

Atividade:  B - Painel dos Alimentos

Escalão: 

Número de participantes:
111

Idade média dos participantes:
12 anos

Memória descritiva:
O projeto foi apresentado às turmas pelos professores de Ciências, no âmbito do conteúdo alimentação saudável e de Educação Visual no âmbito do conteúdo património.
O painel dos Alimentos/Peixes foi elaborado a partir do questionário realizado pelas turmas do 6º ano de escolaridade da Escola Básica Júdice Fialho (Brigadas da cantina), sobre as espécies de peixe mais consumidas pelos alunos. Os resultados foram posteriormente tratados nas aulas de Matemática.
Em Educação Visual os alunos representaram graficamente as espécies e realizaram os projetos para a construção dos peixes e do painel em materiais e objetos reutilizados e, em Educação Tecnológica, a construção dos peixes. Na disciplina de T.I.C. procederam à recolha de informação e elaboração dos cartões para cada espécie. Em simultâneo, os alunos do centro de apoio à aprendizagem e com o apoio e orientação da docente de Educação Especial, e da docente de Educação Visual destacada para o mesmo, procederam também aos projetos e construção de várias espécies e acabaram por ser eles a construir o painel final onde se colocaram os trabalhos selecionados, realizados em todas as turmas e pelos alunos do centro de apoio à aprendizagem.
INQUÉRITO UNIVERSO: alunos do 6º ano da Escola Básica Júdice Fialho
Total do Universo: 111 alunos Amostra: 105 alunos
Resultados por ordem decrescente: Sardinha: 29, Carapau: 27, Dourada: 17, Cavala: 12, Tamboril: 8, Sargo: 7, Robalo: 5
As espécies selecionadas e representadas no painel foram as que, segundo os resultados dos inquéritos, mostraram ser as mais consumidas pelos nossos alunos e são, por essa ordem e com a respetiva informação, as seguintes:
ACERCA DO CONSUMO DE PEIXE PARA A SAÚDE:
O peixe apresenta um misto de minerais e vitaminas fundamentais para uma alimentação saudável. Além de ser uma ótima adição a qualquer dieta saudável, o seu teor de gordura é baixo (muitos tipos fornecem 20% ou menos de calorias), fazendo dele uma fonte rica em proteína.
Especialistas aconselham que o ideal é que seja consumido, no mínimo, duas vezes por semana. Isso irá garantir uma boa alimentação com repercussões em vários aspetos da saúde física e mental.
Segundo vários especialistas, além dos valores proteicos, o peixe de água salgada conta ainda com o ômega 3, um tipo de gordura importante pois protege o sistema cardiovascular e melhora a imunidade.
A sua gordura é, na maior parte, insaturada, rico em ómega 3 e ómega 6.
A grande maioria é rica em vitaminas do complexo B, inclusivamente em vitamina B12, uma vitamina essencial ao perfeito funcionamento do sistema nervoso e de todas as células em geral. É ainda um alimento rico em minerais (iodo, fósforo, flúor, ferro e cálcio) e está isento de hidratos de carbono.
Os peixes gordos (como a sardinha, o atum, o salmão, a cavala, a truta, o arenque, as anchovas, as enguias, etc.) são ricos em vitaminas lipossolúveis como as vitaminas A, D, E e K, e contêm elevados teores de iodo, um mineral essencial ao bom funcionamento da tiroide.
Apesar de os alimentos ricos em gorduras serem desaconselhados para quem sofre de problemas cardiovasculares, a gordura presente no peixe é muito saudável e benéfica para o coração.
Nos peixes magros a gordura está praticamente confinada ao fígado: Bacalhau, Badejo, Carapau, Carpa, Corvina, Dourada, Garoupa, Linguado, Peixe-espada, Pescada, Pregado, Robalo, Salmonete, Tainha, Tamboril, Truta.
O teor nutricional tem uma diferença considerável em função da sua preparação (cru, cozido, frito ou grelhado), da espécie, idade, alimentação, estação do ano, entre outros fatores.
SARDINHA: - A sua distribuição geográfica compreende a faixa costeira do Atlântico Nordeste, incluindo o Mar Mediterrâneo e Mar Negro.
A sardinha é pescada pela frota do cerco, uma arte amiga do ambiente, por não ser agressiva para outras espécies. Hoje a sua pesca é planeada com base na sustentabilidade e durabilidade do recurso.
A sardinha capturada na costa Portuguesa é a única espécie de peixe em toda a Península Ibérica a obter a certificação de qualidade, como resposta às preocupações sobre a sustentabilidade dos recursos.
Apresentam, no seu sistema sanguíneo, um importante lipídio: o ômega-3, que se julga ser um "protetor" do coração, sendo largamente recomendado o seu consumo.
CARAPAU- Coabita nas águas de Portugal continental com outras duas espécies de carapau: o carapau negrão e o carapau do Mediterrâneo (este muito menos abundante). Na sua pesca utilizam-se artes como rede de cerco, arrasto (a pesca de Arrasto é um método de pesca não seletiva com muitas capturas acessórias indesejadas, incluindo espécies sensíveis e protegidas), rede de Emalhar e arte Xávega.
É uma espécie com grande valor nutritivo e comercial.
DOURADA- É um peixe típico do Mediterrâneo. Ocorre em todas as águas quentes e temperadas costeiras.
É produzida, nos dias de hoje, em grande parte em sistema semi-intensivo de esteiro, em antigas salinas. Existe ainda uma produção intensiva em estruturas flutuantes.
Em virtude de seu sabor, é um peixe de alto valor comercial e também nutricional.
Hoje, a sua produção em aquicultura tem um valor económico mais elevado do que a pesca das populações selvagens. Visto que não existem avaliações científicas para a Dourada não é possível verificar a situação dessas populações. No entanto, em algumas regiões do Mediterrâneo, há sinais de um grande impacto da pesca. No geral, a Dourada tende a ser relativamente resistente à sobre pesca.
A Dourada é produzida no mar Mediterrâneo em jaulas de grande escala. A produção de 1 kg de peixe de viveiro requer mais do que 4 kg de peixe selvagem sob a forma de farinha de peixe ou óleo de peixe. Infelizmente, a sua alimentação não provêm de fontes sustentáveis. A produção de Dourada em jaulas tem muitos impactos ambientais negativos. Para combater o elevado risco de propagação de doenças e parasitas, são adicionados nutrientes em grande escala, produtos químicos e antibióticos ao meio ambiente, afetando também as populações selvagens. Os peixes que fogem das jaulas podem enfraquecer as populações selvagens, alterando os genes devido a cruzamentos com estes reprodutores.
Em aquicultura biológica, a alimentação é proveniente de fontes sustentáveis. No cultivo biológico, é proibido o uso de hormonas e a medicação não é utilizada como forma preventiva, mas apenas em casos específicos de doença. Além disso, a alimentação provém de fontes sustentáveis.
CAVALA- Distribui-se pelo Oceano Atlântico ao longo das costas orientais e ocidentais, incluindo também o Mediterrâneo e o Mar Negro.
Esta espécie é capturada principalmente com rede de cerco, muitas vezes em conjunto com sardinhas, e às vezes usando linhas de mão, redes de emalhar, armadilhas, xávega e redes de arrasto.
A cavala é uma ótima fonte de proteína, não possuindo qualquer teor de hidratos de carbono. A sua gordura é considerada saudável, já que é essencialmente não saturada. Além destes macronutrientes, fornece-nos uma boa quantidade de vitaminas e minerais, entre os quais se destacam a vitamina A, B6 e B12 e ainda o fósforo, potássio e o cálcio.
A cavala é um peixe gordo delicioso e bastante rico do ponto de vista nutricional. Rico em ómega 3, uma gordura que ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares e melhora a função cognitiva.
Em Portugal, este peixe faz parte da tradição há muito tempo, sendo abundante nas nossas águas e muito consumido pelos portugueses. Recentemente a cavala tem vindo a ganhar mais adeptos, fruto dos sucessivos estudos científicos que têm evidenciado que o consumo deste peixe azul é benéfico para a saúde, principalmente devido ao seu alto teor de ácidos gordos ómega-3 que contribuem para o bom funcionamento do coração, quando inseridos num estilo de vida saudável e numa dieta variada e equilibrada. Além disso, podem ajudar a prevenir doenças neuro degenerativas.
TAMBORIL - É encontrado no Atlântico Nordeste e Mar Mediterrâneo, onde habita no fundo marinho até aos 500 m.
É pescado com arrasto e redes de emalhar.
SARGO- É encontrado no Atlântico Nordeste, Arquipélago da Madeira e Mar Mediterrâneo, onde habita estuários em juvenil e profundidades até 150 m em adulto.
É pescado com arrasto e redes de emalhar.
ROBALO- Esta espécie distribui-se ao longo da costa Atlântica, desde o canal da Mancha até ao Senegal, sendo menos frequente no Mar Mediterrâneo. Pode facilmente ser encontrada em estuários, lagoas, rios e em águas costeiras.
A população do Atlântico Norte Ocidental tem diminuído nos últimos anos porque a pesca tem sido muito intensa não dando oportunidade para a sua recuperação. É capturado por pescarias mistas e com redes de arrasto de fundo que capturam muitas espécies acessórias (sem valor comercial) que acabam por ser devolvidas ao mar. Muitas espécies de tubarões e raias, mamíferos marinhos, tartarugas e aves marinhas também são involuntariamente apanhadas por esta arte de pesca que também destrói o fundo do mar.
As redes de emalhar de fundo não têm efeitos negativos sobre os habitats de fundo, mas ainda podem ser armadilhas para muitas aves e mamíferos marinhos.
O seu cultivo em jaulas tem muitos impactos ambientais negativos. Devido à elevada densidade de indivíduos, as doenças podem espalhar-se a toda a população, também de peixes selvagens. E para combater o elevado risco de propagação de doenças e parasitas, são adicionados nutrientes em grande escala, produtos químicos e antibióticos, afetando também as populações selvagens.
No cultivo orgânico, é proibida a adição de hormonas e medicamentos.

Anexos:

Características do painel:
Dimensões: 1,50m X 0,83 m
Materiais utilizados:
• Painel: madeira
• Fundo: Tecidos de roupa usada (calças de ganga /camisolas) /Conchas /plástico de garrafas e restos de papel crepe
• Peixes: Garrafas PET / CD´s / Pacotes de leite / Botões / Rolhas de cortiça / Cápsulas de café / tecido /Cartão e restos de papel.
Afixado na cantina da escola E.B. 2/3 de Júdice Fialho

Registo fotográfico: